quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Sejam Bem vindas companheiras!

Desde que nasci me senti diferente, não falo do fato de ser um bebê se sentindo diferente mas, de nascer em mim. Quando me encontrei sentindo uma profunda indignação causada pelo meu deslocamento social, quando meu irmão ganhava de presente bola, carrinho e super heróis e eu panelinhas, vassourinhas, bonecas!
- Poxa! Mãe por que meu irmão ganha coisas tão legais e eu utensílios domésticos? E mãe pra que eu quero uma boneca, nem sei cuidar de mim direito vou cuidar de um bebê? Qual é o problema?
Achava o céu tão lindo, mas azul é cor de menino !
Achava carros tunados tão legais mas isso é coisa pra homem! 
Achava que minha mãe deveria sair pra beber com os amigos, mas isso é coisa de pai?
E me perguntava quem foi o cara que inventou tudo isso? Foi Deus? Se foi Deus... 
- Porra! Deus tu tá de birrinha por que brigou com a namorada bem na semana de fazer o meu planeta?
E assim foram se criando questionamentos em minha mente, quando encontrei o meu primeiro amor, eu sempre o amei mas, como não conhecia o que era amor eu não soube explicar a mim mesma o que sentia até encontra-lo, e ele me encantou de tal forma que me senti louca para mudar o mundo, mudar a vida para que eu pudesse ama-lo, meu amor não tinha gênero, cor, orientação sexual ou padrão pré estabelecido, ele era forte, encantador e acima de tudo ele me colocava ao seu lado, portanto decidi pedi-lo em casamento e hoje posso me considerar esposa do feminismo .
 (Maria Gabriela, 31-10-13)

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